Embora o Ceará já tenha flexibilizado o uso de máscara de proteção contra a Covid-19, em meio a desaceleração de casos, internações e mortes, o Estado continuará exigindo a apresentação do passaporte de vacinação por tempo indeterminado.
A informação foi compartilhada pela governadora Izolda Cela, na manhã desta terça-feira (19), em entrevista à TV Verdes Mares. Para a chefe do Executivo estadual, a manutenção da obritoriedade do documento é uma forma de estimular a vacinação daqueles com doses pendentes.
“O passaporte tem um incentivo à cobertura vacinal. Atravesemos a terceira onda da Ômicron com um menor agravamento de casos e óbitos, menos pessoas faleceram. Um ponto fundamental para isso isso foi a cobertura vacinal, a barreira imunológica”, justificou.
Conforme a gestora, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 seguirá com reuniões regulares para deliberar sobre as estratégias sanitárias locais com base na ciência.
“Uma das coisas importantes na condução de toda esta travessia, que ainda não terminamos, mas estamos numa situação realmente mais confortável, é exatamente essa participação dos diversos órgãos e poderes que estiveram juntos para que nós pudéssemos tomar as iniciativas mais acertadas”, ressaltou Izolda, sobre o grupo de trabalho.
Obrigatório desde novembro do ano passado, o Ceará passou a exigir no último dia 21 de março a 3ª dose de vacina contra a Covid-19 de pessoas a partir de 18 anos para a entrada em eventos, órgãos públicos estaduais e estabelecimentos comerciais. A medida não se aplica, contudo, para aquelas que receberam o imunizante da Janssen.
Ao ser questionada sobre a segurança pública, Izolda Ceará considerou a violência urbana como um dos “problemas mais complexos e graves”. A governadora afirmou que a questão exige interferência federal. No entanto, ela ponderou que essa “constatação” não retira do estado o compromisso de executar medidas para acabar com a insegurança.
“Infelizmente, o brasil tem tido uma ação muito insuficiente com relação ao tráfico de drogas, que é o crime-mãe de toda uma rede. Não é transferir responsabilidade, mas a constatação serve pra gente ter uma base da realidade, que os nossos esforços vão continuar”.
Governadora concedeu entrevista à TV Verdes Mares
Fonte: Diário do Nordeste